“Tão misterioso é o astro que cintila no céu, quanto o verme que rasteja no pó” (Plinio Corrêa de Oliveira – Opera Omnia, vol. I, p. 213)

Apesar de muito “queimar pestanas” no estudo das ciências astronômicas, cientistas estão cientes de que não chegam a um consenso na tentativa de medir o tamanho do Universo. É finito? É infinito? Alguns estimam que as estrelas chegam a cem trilhões de bilhões! E as distâncias em anos-luz…
Mas, deixemos as criaturas com seus mistérios e consideremos alguns atributos do Criador. Sabemos que infinito é só Deus, que tudo criou, tudo vê e tudo governa. Ele está presente em tudo, e não há lugar onde Ele possa não estar. É o que nos ensina a boa teologia católica.
São Lucas garante que nós vivemos e nos movemos em Deus (cf Atos 17, 28).
Ele está presente na obra da Criação, de três modos, segundo São Tomás de Aquino:
♦ por potência ou poder, pois tudo está submetido a seu domínio;
♦ por presença, visão ou conhecimento, pois tudo está patente e como que descoberto a seus olhos;
♦ por essência ou substância, pois Ele está em tudo, como causa de seu ser.
Outros modos de presença:
♥ inabitação na alma do justo, realizada através da graça;
♥ presença pessoal ou hipostática, única e exclusivamente de Cristo;
♥ presença sacramental ou eucarística, na qual Jesus Cristo está realmente presente sob as espécies do pão e do vinho;
♥ presença de visão ou manifestação, que é a do Céu: Deus está presente em toda parte, porém, não Se deixa ver em todo lugar, mas somente no Céu; só na Visão Beatífica Ele Se manifesta face a face aos bem-aventurados.
Deus me vê – Portanto, Ele está vendo a cada um de nós, 24 horas por dia, pois o “seu olhar penetra os homens” (Salmos 10, 4). E sua pena anota no “livro da vida” (Apocalipse 3, 5) todo o nosso proceder, seja ele bom ou mau, com vistas ao dia da prestação de contas (cf Eclesiastes 12, 14).

Imensa misericórdia – Mas, se temos consciência de tê-Lo ofendido, não nos desesperemos, pois este Deus de tanta grandeza é também o Deus de imensa misericórdia! Aí estão a Redenção, a Igreja Católica e os sacramentos, que são meios que Ele mesmo instituiu para perdoar e… esquecer.
Sim. Estando arrependidos, façamos uma boa confissão, e Deus, além de perdoar, esquece nossos pecados. É o que nos garante São Paulo Apóstolo, em Hebreus 10, 17.
Texto consultado: Deus está em todo lugar – http://blog.praecones.org/category/artigos/
Texto relacionado: Como confessar-se bem? – http://www.arautos.org/secoes/artigos/doutrina/catecismo/como-confessar-se-bem-143970
—————————————————————————————————————————————–
Gostei muito de todos os textos, e lendo um livro de Santa Hildegarda achei uma parte muito interessante a respeito das doenças o qual resolvi compartilhar e como diz no livro “A Medicina de Santa Hildegarda” Deus se agrada de quem espalha estes ensinamentos.
UMA TERAPÊUTICA DA ORDEM
Hildegarda reúne, numa expressão chave, a noção universal de saúde, prosperidade e bondade a que os latinos chamam de integridade. A palavra usada por Santa Hildegarda é viriditas ( o verdor) . Esta designação é segundo ela, o símbolo da existência saudável, uma virtude fundamental e não uma cor. É também a obra de Deus, a criação, o verdor divino.
Tudo aquilo que é são e belo na natureza, na carne e no sangue do homem é” verde”. A alma é descrita como “a força verdejante do corpo”. Maria do Verbo divino, é chamada a “Virgem toda Verdejante”. Pela sua integridade, ela é a digna Mãe do “Médico divino”. Mater medicinae, a Mãe da medicina.
Santa Hildegarda chama ao amor “um sopro proveniente do verdor que alimenta todos os verdores e vigores. Em oposição, ela indica a culpa, como falta de verdor, ou seja, o contrário da integridade, e que origina a perda da saúde, a deformação, o afastamento da origem. A Bíblia exprime este conceito com o termo pecado, mas num sentido lato de separação. A tradução grega da palavra hebraica descreve-a em quatro termos que são outros tantos aspectos: asebia (a impiedade): afastamento do ponto de partida; Harmatia (a culpa): afastamento do alvo; adikia (a injustiça): afastamento da rectidão; anomia ( a desordem): afastamento da ordem. Estas quatro espécies de afastamento correspondem às nossas principais doenças mentais: esquizofrenia, depressão, fobia e histeria. Santa Hildegarda vê na falta de “verdor” uma espécie de crise de independência aliada a uma auto-suficiência corporal e espiritual.
Poderíamos dar como exemplo um tumor que se desenvolve em detrimento e completa desconexão do organismo. A ordem do órgão atingido é completamente perturbada e não poderá ser restabelecida senão por um retorno radical à ordem original.
A doença é uma ruptura com o estado de vigor original, a simplicidade e ordem primeiras do ser. Não existe por ela própria. É um desvio, um erro, uma deformação, uma desintegração, uma desgraça, uma culpa, um pecado. Logo, não há processos de doença, mas unicamente uma cessação do ser, um desprezo, uma insuficiência. Face a esta fraqueza essencial, a saúde tem um processo positivo, uma regeneração permanente, de acordo com a ordem que rege o universo.
Ao colocar-se a questão do sentido da doença. Santa Hildegarda indica os elementos que fazem voltar à saúde. Depois de chamar a atenção para o dever da caridade que considera Cristo presente nos doentes e nos fracos, de acordo com a Regra de S. Bento, ela descreve as condições da saúde relacionadas com os elementos: a luz e o ar; a comida e a bebida; o trabalho e o descanso; o sono e as vigílias; as secreções e as eliminações; as paixões.
Por aqui se vê que, esta terapêutica da ordem penetra até ao máximo todos os domínios da vida. É, antes de mais, uma medicina de prevenção contra todos os danos e intoxicações possíveis.
Livro A Medicina de Santa Hildegarda
Helmut Posch
Ficamos muito contentes em receber seu comentário, contendo importantes colocações da grande Santa Hildegarda de Bingen!
Eu que agradeço, pois estou aprendendo muito com os textos publicados pelos Srs. e fico feliz em poder compartilhar com outras pessoas algo que possa a vir ajudar e com isso divulgar as obras desta grande e maravilhosa Santa Hildegarda de Bingen.