Edifício doutrinário católico
baseado na Revelação
A PRESENÇA de Doutores em sua estrutura, concorre para manter as principais características da Igreja: una, santa, católica, apostólica e romana.
Mas quem são esses Doutores da Igreja? – São pessoas que, além de serem declaradas santas, sobressaem por sua sabedoria em matéria teológica, sendo distinguidas com esse honroso título mediante a proclamação de um Papa ou de um Concílio. Portanto, são reconhecidas como Mestras da doutrina católica. Suas obras atravessam os séculos, e são faróis para quem queira ser fiel à Revelação.

A lista é encabeçada por Santo Hilário de Poitiers (ano 367), passando pelos oito grandes doutores: Santos Basílio, Gregório Nazianzeno, João Crisóstomo, Atanásio, Ambrósio, Jerônimo, Agostinho e Gregório Magno, sem esquecer o grandíssimo São Tomás de Aquino, príncipe dos teólogos. As damas estão bem representadas por Santa Catarina de Sena, Santa Hildegarda de Bingen e duas Santas Teresas: de Ávila e de Lisieux.
Sendo a Igreja uma organização viva, novos Mestres e novos Doutores, com explicitações doutrinárias originais, podem ainda enriquecer tão amplo conjunto de ensinamentos.
As colunas que sustentam o edifício doutrinário católico, entretanto, vão além desses 32 Doutores e 4 Doutoras.
Há também os chamados Padres (ou Pais) da Igreja, os Apologistas e os Apostólicos, alguns formados e investidos pelos próprios Apóstolos em cargos importantes. São bispos, padres, diáconos ou mesmo leigos que deram eficaz contributo para a redação adequada das verdades da nossa Fé (Trindade, Encarnação, Igreja, Sacramentos etc) nos tempos dos grandes debates com heresiarcas, ou seja, do início do Cristianismo ao século sexto.

Citemos alguns: Santos Inácio de Antioquia, Irineu de Lion, Atanásio, Cirilo, João Crisóstomo, Ambrosio, Jerônimo e Agostinho. Figurando como um ponto final nessa seleta galeria, temos São João Damasceno, falecido em 749.
Antiguidade é a principal característica de um Padre da Igreja. É compreensível que quem foi discípulo de um Apóstolo, tem condições de ser mais fiel ao transmitir o legado de Jesus.
O estudo dos escritos dos Padres da Igreja é denominado Patrística. Já a Patrologia se aplica no aprofundamento das circunstâncias biográficas e históricas desses autores e dos respectivos textos.
Além disso há um incontável número de pessoas ao longo dos séculos, que a Igreja declara serem santas, propondo-as como modelos de vida isentos de erros doutrinários.
Revelação – A Sagrada Escritura e a Tradição assim enriquecida, constituem a Revelação, resultando numa bela, sólida e coerente construção doutrinária cujos alicerces estão, há séculos, cravados em rocha firme.

Portanto, segundo o Papa Leão XIII, nenhum artifício dos adversários conseguirá destruir, pois existe a garantia de Nosso Senhor de que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja (cf Mt 16, 18).
Como inspira confiança e tranquilidade de espírito o fato de se pertencer a esta Instituição, tão antiga e sempre nova!
Tanto mais que está entre seus objetivos levar para a felicidade eterna almas e corpos, pois estes se reunirão àquelas por ocasião da ressurreição final.
(Cf Catecismo da Igreja Católica, nº 366 e 991). Outras fontes: Cléofas e Paulus.