19 de março
O MENOS CONHECIDO DA TRINDADE
TERRESTRE
NAQUELE TEMPO em que a escrita estava ainda engatinhando, o hábito de escrever ficava restrito a poucas pessoas. Talvez seja este o motivo pelo qual as narrativas evangélicas são tão resumidas.
Imagine se São José tivesse tomado pergaminho e pena, e fosse anotando tudo que certa criança, em casa, dizia e fazia.
Teríamos ― na expressão do Mons. João Scognamiglio Clá Dias ― um Arquievangelho da infância de Jesus, que ninguém deixaria de ler avidamente! Seria um complemento às poucas referências neste sentido deixadas pelos evangelistas.

Com efeito, um deles nos diz que “o Menino ia crescendo e Se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava n’Ele” (Lc 2, 40). Que bom se este belo texto pudesse ser recheado com fatinhos sobre o Menino divino, contados por seu pai virginal! Assim, poderíamos ficar sabendo também como era o relacionamento de Jesus, Maria e José ― a Trindade da Terra ― entre si. Em consequência, isso contribuiria para revelar a completa fisionomia moral de São José, o menos conhecido dessa tão santa trindade.
Mas, a exemplo de Nossa Senhora ― da qual a Mariologia foi ao longo dos séculos revelando as virtudes ―, com São José acontece algo semelhante. É o que consta na obra “São José: quem o conhece?…”, de Mons. João Scognamiglio Clá Dias. Vejamos apenas um trecho, à p. 303:
“(…) o período da infância do Filho de Deus poderia ser designado como a história de três perfeições que atingiram o auge ao qual foram chamadas, conforme observa Dr. Plinio Corrêa de Oliveira: ‘Na casa de Nazaré havia uma ascensão em graça e santidade a todo momento por parte das três pessoas excelsas que moravam lá. Se naquele tempo existisse relógio, diríamos que a cada tique-taque Jesus, Maria e José cresciam em graça e santidade perante Deus e perante os homens. Essa ascensão contínua foi, a meu ver, o encanto de Deus e dos homens naquela humilde moradia’ (Conferência 2/11/1992)”.
Entretanto, essas altíssimas perfeições resultam numa harmonia surpreendente: o chefe da casa de Davi aceita ser um artesão, um trabalhador manual. E dedica com todo empenho ao encargo de guardião da Mãe e do Filho ― os dois tesouros a ele confiados ― tornando-se o “bastão de Cristo”, segundo o teólogo Pe. Pedro Morales, SJ (cf idem, p. 304 – nota 11). #
Dias de festa em honra de São José: 19 de março e 1º de maio
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SÚPLICA A SÃO JOSÉ
Castíssimo esposo da Virgem Maria e amável protetor meu, São José! Jamais se ouviu dizer que alguém tenha invocado a vossa proteção e implorado vosso auxílio sem haver sido atendido. Cheio de confiança em vosso poder, venho à vossa presença e me encomendo a Vós com todo fervor. Não desprezeis minhas humildes súplicas, mas acolhei-as e dignai-vos atendê-las piedosamente. Amém.