A missão desse blog é ser um farol que lembre ao público católico a existência de balizas orientadoras do pensar e do agir, válidas para todos os tempos.
O DIA DAS MÃES começou a ser comemorado nos EUA, em 1914, espalhando-se para vários países. Os brasileiros acolhemos esta ideia a partir de 1918. Antes tarde do que nunca.
O amor materno é tão antigo quanto veterana é a humanidade. Certamente não é possível se fazer uma avaliação do amor que Eva tinha para com Abel e seus irmãos e irmãs, os filhos primeiros da primeira mãe!
Mas, o que fazem aqui Jacó e a escada?
Ah! Isto se deve ao famoso poeta Olavo Bilac.
Com efeito, a propósito da história dessa escada − narrada em Gênesis 28, 10-22 – são feitos vários comentários em prosa e verso. Pode representar o contato de Deus com a humanidade através de seus Anjos; pode simbolizar Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 1, 51); e também Nossa Senhora medianeira de todas as graças.
E para o nosso “Príncipe dos Poetas”, a escada de Jacó tem relação com o assunto mãe (em latim, mater). Vejamos:
MATER
Tu, grande Mãe!… do amor de teus filhos escrava,
Para teus filhos és, no caminho da vida,
Como a faixa de luz que o povo hebreu guiava
À longe Terra Prometida.
Olavo Bilac
Jorra de teu olhar um rio luminoso.
Pois, para batizar essas almas em flor,
Deixas cascatear desse olhar carinhoso
Todo o Jordão do teu amor.
E espalham tanto brilho as asas infinitas
Que expandes sobre os teus, carinhosas e belas,
Que o seu grande clarão sobe, quando as agitas,
E vai perder-se entre as estrelas.
Sonho de Jacó: Anjos transitam pela escada
E eles, pelos degraus da luz ampla e sagrada,
Fogem da humana dor, fogem do humano pó,
E, à procura de Deus, vão subindo essa escada,
Que é como a escada de Jacó.
(‘Alma Inquieta’ em “Poesias”. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1978)
Olavo Bilac (1865-1918 – carioca): contista, jornalista e poeta. Autor de vários livros e do “Hino à Bandeira”.