Atuação discreta e contínua dos
Anjos da Guarda pessoais
COMO todos sabem, São João Bosco passou a vida fazendo o bem. Por esse motivo, lhe rondava a morte, por obra de gente que lhe desejava o mal. Ladrões? Malfeitores? O certo é que não perdiam ocasião para lhe armar emboscadas.
Com efeito, em suas lides apostólicas em prol dos meninos pobres de Turim, às vezes tinha de caminhar, sozinho, alguns quarteirões, à noite. Sem armas, como se defendia dos ataques? Quem lhe tirava dos apuros?

Isso quase ninguém sabe, mas ele tinha um segurança especial, que se apresentava sob a forma de um cão tão feroz quanto misterioso. Era o “Grigio” (cinzento, em italiano), que chegava a colocar para correr toda uma quadrilha de assaltantes!
Misterioso, porque surgia do nada, nas horas de perigo para D. Bosco, cumpria sua missão e desaparecia. Quando entrava nas casas, acompanhando o Santo, não aceitava nada para comer. Estando numa sala fechada, onde várias pessoas conversavam, sumiu sem ser notado.
Certa noite, deitou-se na saída da casa e, rosnando, impediu D. Bosco de sair. Soube-se depois que havia um bando de malfeitores à sua espera (Cf. Angelis Ferreira. Grigio, o protetor de Dom Bosco).
Verdade de Fé – Esse caso ilustra bem a discreta atuação dos Anjos, que embora sendo puros espíritos, têm domínio sobre a matéria. Podem, portanto, atuar sob forma humana, animal ou usando outros recursos, em benefício de seus protegidos.
Quantas vezes, sem perceber, você pode ter ficado a salvo de algum perigo, físico ou moral, pela ação de seu Anjo da Guarda. Pois seu agir é normalmente discreto, mas constante.

Entretanto, a algumas pessoas foi concedida a graça da comunicação com seu Protetor, de variadas maneiras. Por exemplo: para Santa Francisca Romana ele era sempre visível, sob a aparência de um luminoso menino de 9 anos.
Com efeito, citados frequentemente nas Sagradas Escrituras, a existência dos Anjos é uma verdade de fé. Segundo o Catecismo da Igreja Católica (livro tão importante quanto esquecido), os Anjos têm natureza espiritual e o encargo de servidores e mensageiros de Deus. A ação misteriosa e poderosa deles pervade a vida da Igreja e dos fiéis, que têm cada um seu Anjo protetor (cf nº 328 a 336).
Reze a seu Anjo – A fim de assegurar para si essa proteção, se ainda não o faz, adquira o costume de recorrer ao seu Anjo da Guarda, pelo menos uma vez ao dia, rezando a tão popular jaculatória (oração breve), composta pelo Papa Pio VI, em 1796:
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador,
já que a ti me confiou a piedade divina,
sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém.
Esta é mais uma convicção que devo cultivar no meu dia-a-dia, se desejo a ajuda de um poderoso protetor, que, aliás, está sempre a meu lado, esperando eu pedir. *