A missão desse blog é ser um farol que lembre ao público católico a existência de balizas orientadoras do pensar e do agir, válidas para todos os tempos.
Segundo a doutrina católica, Nosso Senhor Jesus Cristo
nasceu da Virgem Maria, ensinou um conjunto de doutrinas, morreu na Cruz e ressuscitou. E está, com seu corpo físico, à direita do Pai na glória eterna.
Mas há também o seu corpo místico ou espiritual, que é a Igreja. Essa denominação, usada já por vários escritores antigos, é comprovada por muitos documentos dos Papas. E há muitas razões para se adotar esta expressão, pois que por ela o corpo social da Igreja, cuja cabeça e supremo regedor é Cristo, pode distinguir-se do seu corpo físico, nascido na Gruta de Belém.
“Realmente não há coisa mais gloriosa, mais honrosa, mais nobre, que fazer parte da Igreja, santa, católica, apostólica, romana, na qual nos tornamos membros de tão venerando corpo; nos governa uma tão excelsa cabeça; nos inunda o mesmo Espírito divino; a mesma doutrina, enfim, e o mesmo Pão dos Anjos nos alimenta neste exílio terreno, até que, finalmente, vamos gozar no Céu da mesma bem-aventurança sempiterna” (nº 89).
Há mais de quatro mil anos, a invenção da balança teve relação com a necessidade de se pesar um valioso metal e… corações humanos. Com efeito, esse instrumento foi elaborado para pesar ouro; entretanto, egípcios ─ lá dos idos tempos faraônicos ─ passaram a usá-lo também para a pesagem de corações de pessoas mortas, a fim de se saber o destino eterno de suas almas: paraíso ou inferno.
Alguma semelhança com a Comunhão dos Santos católica?
À primeira vista, nenhuma, pois esta verdade ─ consignada no nono artigo do nosso Credo ─ não é passível de ser pesada por mãos humanas.
Mas na balança divina, sim.
A Igreja Católica é o conjunto de todos os Santos do Céu ─ notadamente de Nossa Senhora ─, do Purgatório e da Terra, em comunhão, incluindo as coisas santas: graças, boas obras e méritos.
As graças são os benefícios e favores que a vida sobrenatural nos proporciona, de modo especial pela intercessão dos santos junto a Jesus Cristo.
Aspecto da glória celeste
Os créditos que sobram aos que estão na glória fazem parte do tesouro da Igreja, que é sem limites devido aos méritos infinitos da Paixão de Nosso Senhor.
Esses benefícios são postos em circulação ─ através da Comunhão dos Santos ─ para todos os que mereçam. Em contrapartida, ninguém está dispensado do dever de imitar os bem-aventurados, dar o bom exemplo aos concidadãos, fazendo portanto depósitos no banco dos tesouros espirituais. É a garantia possível para que o coração da gente (a alma) não seja rejeitado na prova da balança de Deus, desmerecendo assim o Paraíso.
Pois, segundo o Apóstolo São Paulo, “nenhum de nós vive para si, e ninguém morre para si” (Rm 14,7): “se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; e se um membro é tratado com carinho, todos os outros se congratulam por ele” (I Cor 12, 26), numa visualização do Corpo Místico de Cristo.
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ORAÇÃO DO CREDO
CREIO em Deus Pai todo-poderoso, criador do Céu e da Terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.